segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Esclarecimentos: Votar vs Não Votar // Voto nulo vs Voto branco

Como sugestão de um dos leitores deste blog, resolvi esclarecer alguns aspectos relevantes acerca da utilidade da votação, colocando resposta a 2 perguntas essenciais, tentando ser muito prático:

1ª Questão: Não votar ou votar (mesmo sabendo que está um dia de chuva e também não tenho lugar de estacionamento para o carro) ?
Votar é não só um direito constitucionalmente garantido como um dever cívico de todo o cidadão com capacidade para tal.
Porque nasci num estado democrático, onde os cidadãos exercem o poder político através de sufrágio universal, igual e directo, reconheço o seu valor e tenho consciência da luta e dos sacrifícios que muitos homens e mulheres fizeram para a conquistar. Ao exercer este direito de voto estarei a contribuir para o seu fortalecimento e consolidação.
Porque não quero deixar que decisões fundamentais sejam tomadas por outros no meu lugar, VOU VOTAR, mesmo sabendo que está um dia de chuva e não tendo lugar de estacionamento fácil para o carro.

2ª Questão: Quais as diferenças entre voto nulo e voto em branco ?
Não confundir voto nulo com voto branco.
O voto nulo em Portugal acontece quando o boletim de voto é danificado, é preenchida mais de uma opção ou qualquer escrito fora do local de preenchimento caso estejamos perante uma votação em papel e não electrónica.
O voto em branco tal como o nome o indica é simplesmente um voto que não foi utilizado/escrito no papel. Mas cuidado, até que ponto estes votos se mantêm em branco é que eu não sei, porque quem está nas contagens de voto poderia muito facilmente rabiscar um "X"...Mesmo sendo um voto em branco em formato electrónico, pode ficar sujeito a violações...

Porque não quero deixar que decisões fundamentais sejam tomadas por outros no meu lugar, VOU VOTAR...e dar oportunidade a um outro partido qualquer que não o PS nem o PSD!

sábado, 23 de outubro de 2010

Não voto PS nem PSD

Vivemos actualmente infelizmente num país de governo desgovernado...
Muitos têm escrito em blogues, fóruns, etc....sem que nada se possa fazer em concreto para contrariar estas tendências de fome e miséria.
Serei eu capaz sozinho de inverter esta morte há muito anunciada? NÃO!!Nem eu, nem ninguém que não seja deputado na assembleia!!!Nem eu nem muitos dos que já escreveram antes de existir este blogue!
Discute-se muito e pouco se faz ou pouco se consegue fazer porque não deixam...
Assim, não existem milagres...sou realista!!
Apenas pretendo mostrar que a nossa única arma é precisamente a democracia que nos rege. Se a ela lhe devemos isso, a ela devemos também recorrer nestes casos de injustiças socio-económicas...
Podemos criticar, escrever, ir à TV, fazer greves, etc...mas se "eles" lá estão é porque foram escolhidos de um mal menor!!!Sim, porque Democracia não é mais do que um mal-menor...
Assim, este blogue apenas pretende reforçar a ideia de que não existem só 2 partidos em Portugal e que...porque não dar oportunidade aos outros?! Não sou comunista...nem PP...nem bloquista...nem verdinho...nem outro qualquer!!Nem gosto de política!!
Apenas pretendo saber se existirão outras pessoas em Portugal com coragem de não votar PS nem PSD para dar oportunidade a outro partido qualquer....
Porque para ser feito o que está a ser feito de hoje em dia, não é preciso ser-se muito inteligente!!!
Apelo para que nas próximas eleições se não vote PS nem PSD, para dar oportunidade a outros!!! Sejamos muitos...e mostremos que não queremos mais desta miséria em Portugal!!!

Subscrevo um comentário enviado numa notícia citada num jornal on-line económico que me agradou bastante:

"Neste momento de aflição em que todos temos de dar as mãos e deixar de olhar só para o nosso umbigo, correspondo ao apelo de quem nos governa e de quem apoia quem nos governa, faço pública parte da lista do que o Estado criou e mantém para minha felicidade, e de que de estou disposto a patrioticamente prescindir. Assim:
· Renuncio aos Governos Civis e a boa parte dos institutos públicos criados com o propósito de me servir;
· Renuncio à maior parte das fundações públicas, privadas e àquelas que não se sabe se são públicas se privadas, mas generosamente alimentadas para meu proveito, com dinheiros públicos;
· Renuncio a ter um sector empresarial público com a dimensão própria de uma grande potência, dispensando-me dos benefícios sociais e económicos correspondentes;
· Renuncio ao bem que me faz ver o meu semelhante deslocar-se no máximo conforto de um automóvel de topo de gama pago com as minhas contribuições para o Orçamento do Estado, e nessa medida estou disposto a que se decrete que administradores das empresas públicas, directores e dirigentes dos mais variados níveis de administração, passem a utilizar os meios de transporte que o seu vencimento lhes permite adquirir;
· Renuncio à defesa dos direitos adquiridos e à satisfação que me dá constatar a felicidade daqueles que, trabalhando metade do tempo que eu trabalhei, garantiram há anos uma pensão correspondente a 5 vezes mais do que aquela que eu aufiro ou auferirei quando estiver a cair da tripeça;
· Renuncio ao PRACE e contento-me com uma Administração mais singela, compacta e por isso mais económica, começando por me resignar a que o governo seja composto por metade dos ministros e secretários de estado;
· Renuncio ao direito de saber o que propõem os partidos políticos nas campanhas pagas com milhões e milhões de euros que o Estado transfere para os partidos políticos, conformando-me com a falta de propaganda e satisfazendo-me com a frugalidade da mensagem política honesta, clara e simples;
· Renuncio ao financiamento público dos partidos políticos nos actuais níveis, ainda que isso tenha o custo do empobrecimento desta democracia, na mesma, mesmíssima medida do corte nas transferências;
· Renuncio ao serviço público de televisão e aceito, contrariado, assistir às mesmas sessões de publicidade na RTP, quando estiver nas mãos de um qualquer grupo privado;
· Renuncio a mais submarinos, a mais carros blindados, a mais missões no estrangeiro dos nossos militares, mesmo sabendo que assim se põe em perigo a solidez granítica da nossa independência nacional e o prestígio de Portugal no mundo;
· Renuncio ao sossego que me inspira a produtividade assegurada por mais de 230 deputados na Assembleia da República, estando disposto a sacrificar-me apoiando - com tristeza - a redução para metade dos nossos representantes.
· Renuncio, com enorme relutância, a fazer o percurso Lisboa-Madrid em 3h e 30m, dispondo-me - mesmo que contrariado mas ciente do sacrifício que faço pela Pátria - a fazer pelo ar por metade do custo o mesmo percurso em 1 h e picos, ainda que não em Alta Velocidade.
· Renuncio ao conforto de uma deslocação de 50 km desde minha casa até ao futuro aeroporto de Lisboa para apanhar o avião para Madrid em vez do TGV, apesar da contrariedade que significa ter de levantar voo e aterrar pertinho da minha casa.
· Renuncio a mais auto-estradas, conformando-me, com muito pena, com a reabilitação da rede nacional de estradas ao abandono e lastimando perder a hipótese de mudar de paisagem escolhendo ir para o mesmo destino entre três vias rápidas todas pagas com o meu dinheiro, para além de correr o triste risco de assistir à liquidação da Estradas de Portugal, EP."